para aqueles que foram
a presença do outro
percepção sem diálogo
com soturno olhar
e suave lembrança
não calam
nem mesmo o desespero
daqueles que são
e ouvem o silêncio
reconhecem a garantia
de um pouco de mim mesmo
naquilo que há
invencibilidade na morte
e propostas para vida
no pouco que foi
se não posso te ver
deixe ao menos
sentir sua falta
aquilo que era
tornou-se a ser
o momento que mais me afastei
aquele que mais recordei
sábado, 28 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Estações súbitas
minha identidade
só existe
quando estou em silêncio
com fogos e mensagem
para um futuro impreciso
em uma única mensagem
de um infeliz ato
explicado na imaginação
que se cala e ouve
somente o diálogo
da presença do outro
pois nem todas as verdades
estão nas palavras
só existe
quando estou em silêncio
com fogos e mensagem
para um futuro impreciso
em uma única mensagem
de um infeliz ato
explicado na imaginação
que se cala e ouve
somente o diálogo
da presença do outro
pois nem todas as verdades
estão nas palavras
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Dramaturgia
o diálogo teatral
que iluide a escrita
na união da razão
com a possibilidade de duas cores
de muitas tonalidades
apenas suficientes
para dizer aquilo
que está entre as palavras
do que não é dito
e pode render outros finais
menos generosos
que as regras
das vozes menos elevadas
que iluide a escrita
na união da razão
com a possibilidade de duas cores
de muitas tonalidades
apenas suficientes
para dizer aquilo
que está entre as palavras
do que não é dito
e pode render outros finais
menos generosos
que as regras
das vozes menos elevadas
terça-feira, 3 de maio de 2011
“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“
Carlos Drummond de Andrade
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“
Carlos Drummond de Andrade
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