sexta-feira, 29 de julho de 2011

La farfalla

sogngo volando
come una farfalla che muore
io starò lontano
tremo se non ci tei con me
ma oggi ritorno solo

all`orizzonte partiró
ricordando
il cielo che portato


(*)
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A borboleta

sonho voando
como uma borboleta que morre
estarei distante
tremo se não estás comigo
mas hoje retorno só

no horizonte partirei
recordando
o céu que trouxes


*(passível de correção)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Fragilidade

Reconheço minha espécie
arrogante e enferma
esquecendo de ser
a natureza imaginária
que o solo intensifica
e a solidão repara

não tenho contole
pelo perigo iminente
dessas mortes fáceis
mas que apesar da fragilidade
ainda gosto da saudade
ninguém ainda morreu por lá

A Vida
moderna ou clássica
é um grande silêncio
no qual podemos gritar



Há uma diferença muito grande entre saber e acreditar que se sabe.

Saber é ciência. Acreditar que se sabe é ignorância.

Mas, cuidado! Saber mal não é ciência. Saber mal pode ser muito pior que ignorar.

Na verdade, sabe-se somente quando se sabe pouco, pois com o saber, cresce a dúvida,

Que é preciso idolatrar sempre!
(Antônio Abujamra)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Se eu tivesse dinheiro te comprava

é caro
é hoje
mazelas acalentadas
vontades divinas exploradas
é caro
é hoje

O olhar é prazer
aprender e aceitar
a dúvida - um balão branco
solitário e preso
é caro
é hoje

O verbo pueril
esquecido hoje
estrelas que fazem de conta
existirem para ninguém

Amar a pele
é caro
desejar o belo
é gratuito
é hoje
se eu tivesse dinheiro
te comprava

(Imagem do filme O balão banco)




sábado, 16 de julho de 2011

Nós, nós não temos heróis.
Nem jamais os tivemos.
Afinal, para que servem os heróis e suas estátuas de granito
ou mármore negro, seus cavalos de bronze, suas medalhas barrocas
e as espadas que não passam de metáforas?

Para que servem os heróis
se o ácido da chuva desdenha da glória dos homens
e nem os pássaros se importam com eles?

Para que servem os heróis
se nem sabe quem somos
nem jamais ouviram falar dos nossos mitos e utopias?

Infeliz do país que necessita de heróis.

Francisco Carvalho

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Agora o verão se foi
E poderia nunca ter vindo.
O sol está quente.
Mas tem de haver mais.

Tudo aconteceu,
Tudo caiu em minhas mãos
Como uma folha de cinco pontas,
Mas tem de haver mais.

A vida me recolheu
À segurança de suas asas,
Minha sorte nunca falhou,
Mas tem de haver mais.

Nem uma folha queimada,
Nem um graveto partido.
Claro como um vidro é o dia,
Mas tem de haver mais.

...

Enquanto isso o destino seguia nossos passos
Como um louco de navalha na mão.


Arseni Tarkovski

sábado, 2 de julho de 2011

Rendição

Ventania que não cala
traz consigo
fremete bravura
que cansa os olhos
e espanta a certeza
nesta breve retidão
que espera a dor
quando
esconder o futuro
de uma solidão emprestada
é tudo
o que posso fazer