quinta-feira, 30 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
SIM
de apertar a mão do amigo que ficou
de amar novamente o passado
de sonhar outra vez com o futuro
naquela terra deixada
naquela lagoa que brilha pela manhã
Para seguir não é fácil apenas falar
enquanto desejo o espelho presente
me recordo do tempo que estive na sua frente
me perguntando
sobre como mover o futuro
e não deixar o ideal esquecido
Meu amigo disse "eu chorei"
Meus pais disseram "é o seu caminho"
Meu lenitivo é o amanhã
E minha vontade é o ontem
Se há luz no coração
a saudade é escuridão
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
José Luís Peixoto- Escritor e dramaturgo português
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Cinema: educação, filosofia, homenagem e sensibilidade
- O que estás lendo filha?
- Estudando Confúcio papai.
- O querido e grande filósofo. Li muitas vezes ele na sua idade. Tenho saudades dos ensinamentos do mestre.
Como uma flor a desabrochar, a menina era cuidadosamente regada com os carinhos do afável pai. Ela perguntou-lhe então:
- Pai, estou aprendendo a costurar. Para que vai me servir os estudos se eu souber fazer bem esta função?
-Sim, filha, provavelmente não seja sempre útil. Mas o estudo lhe dará o poder de pensar. Então, qualquer que seja a mudança no mundo você terá o poder de pensar, e poderá sempre sobreviver de alguma forma. E isso é uma verdade tanto para homens como para mulheres.
Trecho adaptado do filme Crepúsculo Seibei
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Ao lado do sexo e dos sonhos, o homem matar o homem é um dos hábitos mais antigos de nossa singular espécie.
Aqui, na América do Sul, sentimos nas muralhas e nas casas, de maneira inequívoca, a presença desse passado.
Não importam, como continuarão a não importar, as datas e os nomes próprios.
Todos seremos parte do esquecimento, a tênue substância de que é feito o universo.
Poeta argentino
Jorge Luis Borges
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Acolhedor
eu me repito
então
o acaso pode ser um jogo surpreendente de maravilhosas casualidades efêmeras
Pensei estar perdido?
Guardei intensamente aqueles gestos
desenhei na retina o momento da exibição
e sem ter motivos
e sem saber como agir
pedi silenciosamente
poder tecer ao menos lembranças
quando as palavras fossem insuficientes
Especial foram os sorrisos gratuitos
que a fonte geradora
nem mesmo soube
estar sendo admirada
Se criei a realidade
quero viver neste mundo qualquer
pois não sei me explicar
Mas fugir?
Pois mesmo quando evitei encontrar
a fuga não foi mais necessária
e se não for suficiente tentar,
que seja necessário amar.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
O Conhecimento é ÚNICO
Deve haver um lugar no mundo onde tudo isso estje junto, sem barreiras. Sem chefe do departamento 1, chefe do departamento 2, sem diferenciar recursos finaceiros para departamentos, porque a física está em cima e as ciências humanas no patamar em baixo. Isso não existe! Essas coisas são construções que foram criadas e exportadas para o mundo inteiro, no qual todos se baseiam. Quem disse que tem que ser assim? O cérebro não funcina desta forma!"
Miguel Nicolelis - neurocientista brasileiro possível candidato ao prêmio Nobel
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Para: um dia especial
“Digam o que disserem, o mal do século é a solidão. Cada um de nós imerso em sua própria arrogância, esperando por um pouco de afeição” já nos dizia o glorioso Renato Russo no fim do século passado... acho que as coisas não mudaram muito desde então.
Vivemos um uma sociedade completamente consumista. Cada vez mais são produzidos e criados produtos e facilidades que atraiam mais e mais as pessoas. Esses bens e serviços, apesar de serem simulacros da realidade, a tornam mais interessante, logo há uma supervalorização do objeto, do simulacro, que intensifica, embeleza e faz da vida um espetáculo.
Porém, com a crescente valorização disso tudo, as pessoas acabaram deixando de lado os valores... O niilismo tomou conta, fica agora o vazio, o narcisismo, o individualismo, cada um lutando por seus próprios interesses, sem se importar com as pessoas que estão em sua volta, a não ser quando estas lhes são, de alguma forma, necessárias.
Chega a ser engraçado pensar no que nos tornamos... nunca tivemos tantos meios de estarmos próximos, e nunca tivemos tão distantes um do outro. Me pergunto: Por que? Com certeza não há uma única resposta para tal pergunta, mas acredito que um dos motivos para agirmos de tal forma seja o medo... Sim, o medo: medo de darmos mais amor, mais atenção, mais consideração, mais afeto do que recebemos. É muito mais cômodo evitar o sentimento, afinal assim não sofremos. Esperamos dos outros um sinal para que possamos nos aproximar sem medo, e os outros esperam de nós o mesmo. Todos esperam... poucos agem sem esperar nada... portanto, “se alguém já lhe deu a mão e não pediu nada em troca, pense bem, pois é um dia especial...”.