sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Minha cabeça estremece

Eu digo que ninguém se perdoa no tempo .....

Sou uma devastação inteligente.

Com malmequeres fabulosos.
Ouro por cima.
A madrugada ou a noite triste tocadas
em trompete.
Sou alguma coisa audível, sensível.
Um movimento.
Cadeira congeminando-se na bacia,
feita o sentar-se.
Ou flores bebendo a jarra.
O silêncio estrutural das flores.
E a mesa por baixo.
A sonhar

Herberto Helder

Nenhum comentário:

Postar um comentário