terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Abra os olhos

você canta o que enxerga
eu escrevo o que não sinto

não faça que meu caminho acabe
por causa de palavras doadas
ou excesso de sentimentos políticos

o meu desejo é um espaço
no qual o tempo não foi destino

minha alma encontrou seu beijo
aqueceu a brandura
me deu faces
e me tirou da cegueira
das palavras que fiz

e a página que copiasses
irei apagar
e neste vazio branco
irei numerar
todas as ideias
num índice detalhado
e numa figura
do tamanho da música
da música que eu apaguei
que agora é sua

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