quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

E eu morderei o instante
igual a um pão. Me rendo
a cada rio ou monte,

às árvores, ao hálito
do diamante clárido
que no sereno arpeja.

Mas não me rendo à luta,
ou à dissipada urna,
que a noite faz da lua.

Transmudo-me, oscilante.
Não sou eu mesmo nunca,
nem mesmo eu era antes.


....

Infindável o solo.
É quando quando quando.
Por onde nunca morro.

(Carlos Nejar)

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