E eu morderei o instante
 igual a um pão. Me rendo
 a cada rio ou monte,
 às árvores, ao hálito
 do diamante clárido
 que no sereno arpeja.
 Mas não me rendo à luta,
 ou à dissipada urna,
 que a noite faz da lua.
 Transmudo-me, oscilante.
 Não sou eu mesmo nunca,
 nem mesmo eu era antes.
....
 Infindável o solo.
 É quando quando quando.
 Por onde nunca morro. 
(Carlos Nejar)
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